1 de junho de 2010

Sintra - as fontes

Hei-de falar de Sintra uma outra e muitas vezes.
Não se conhece Sintra num dia nem se fala de Sintra numa página.
Podem provar-se os Travesseiros da Piriquita, conhecer-se o Cantinho de Lord Byron, visitar-se a Pena a Regaleira o Paço da Vila e nada ou quase nada se conhece de Sintra. Há que subir e descer a Serra, perder-se dos trilhos, entrar nos vales proibidos, espreitar o mar e deixar-se levar Atlântico a dentro, descer a Colares e viver o vale, atrever-se à àgua fria da Praia das Maçãs, apaixonar-se pelas Azenhas do Mar, avistar a Ericeira, conhecer os poemas de Fontanelas, o Mucifal Nafarros... e voltar outra vez à Vila e deixar-se levar do banco do jardim no aroma da glícinia, saborear um cálice de Porto como se fosse inglês - com tempo sem olhar ao preço e com aquele à vontade de quem se passeia pelo mundo...

Se eu pudesse escolher, Sintra (serra e mar) seria a minha casa.
Uma casa feita de sonho talvez, onde todos os dias há sol e nevoeiro onde há plátanos fontes riachos rosas e heras entrelaçadas... E os cavalheiros de paletó chapéu preto e relógio de bolso vão de braço dado com senhoras rosadas de saias armadas e chapelinhos de seda e as crianças, sim crianças, são bem nutridas enfeitadas traquinas... E ninguém pede nada, cruzam-se e vergam-se em cumprimentos sorridentes... 
Bem, talvez seja a minha Vida Passada...

Descubram a fonte da foto parem e provem a água.
Ali mesmo me disseram que muitos a procuram na esperança da cura de males do corpo.
A mim faz-me bem à alma.

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