11 de junho de 2011

Foguetes

Sou a favor da preservação de costumes tradições, da memória do que já fomos...

Mas repetir práticas, mesmo que centenárias, que sejam obsoletas só por automatismo, comodismo ou conservadorismo e que para além disso são inúteis, poluidoras, desperdício de dinheiro e ainda desagradáveis aos sentidos é muito diferente.

Há muito que é isso que penso dos foguetes que se repetem nas festas de cada lugar ou urbe deste país ( e não só) de Norte a Sul, com particular intensidade a Norte e nos fins de semana e na época de verão.
Até há ainda quem diga que o valor da festa vê-se logo pelo número de foguetes lançados!...

Para que servem os foguetes?
Se é para anunciar o começo e o fim da festa, cada um dos seus espectáculos, procissões etc... hoje em dia existem programas escritos, páginas na Net... e as pessoas usam relógios, mais que não seja no telemóvel e os mais idosos até sabem as horas pelo Sol. 
E para tal bastava um foguete e não um batalhão deles de cada vez. 
Se a ideia é competir com a festa do lado ou com a comissão de festas do ano anterior pelo número de foguetes, chegou o momento histórico do ser humano compreender e viver o significado da palavra festa.

Deixar de disparar ruídos e gases, ou diminuir o seu número, só porque são poluidores para os meus ouvidos e para o meu nariz ( e sistema nervoso) não será suficiente.

Mas será que há assim tantas pessoas a quem a descarga de foguetes, sujando o Universo, traz felicidade?!
      

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