27 de março de 2012

A Espada

Eis o silêncio que escolheste e não faltam palavras

escritas vão e vêm
sem selos cola papel perfumado
o carteiro não toca não há risco de perdê-las
de outrém abrir a carta desvendar o segredo


tantos tantos lêem agora as tuas palavras
e quantos quereriam dá-las recebê-las
tocar-se com elas: como sabes escolhê-las!

de ti não quis palavras
só a profundeza dos olhos dos lábios
as mãos os corpos na busca intensa do silêncio

solitária, julgara um talismã em cada palavra
com uma desferis-te à distância tua espada
incredúla procuro um sentido que não entendo
que faz de em mim entre as mulheres indesejada


( maria jose lascas, inédito, 2012)

1 comentário:

YellowMcGregor disse...

A poesia flui de e em ti,
Como perfume das e nas flores.
:-)