7 de outubro de 2012

Morta



Querem-na morta, não dor mas pó
fantasma sem mar
entre fronteiras de certo e errado
que outra seja, outro sentir
mãos olhos palavras acorrentadas
sem escrever a página de Florbela
no branco mármore de seu túmulo

e temem o belo e a tristeza
da intensa papoila, delicada rosa
bordando o caminho frágil e azul
mesmo sem inalar o seu perfume 

1 comentário:

YellowMcGregor disse...

Perante a morte, a natureza humana: o temor, o amor, a ignorância, o conhecimento... porque nos fizeste Tu simples mortais?!


... e, contudo, podemos estar defronte duma flor de cristal: bela, frágil... e perfumada.