Hoje, enquanto arrumava papéis antigos, encontrei este pequeno texto ainda da minha adolescência... em vez do cesto do esquecimento, apeteceu-me lembrar tantos dos homens que durante anos nesta região passaram a vida embarcados nos bacalhoeiros.
Levam gaivotas na proa
cortam ondas com mestria
no convés vai vinho, broa
bacalhau a rarear...
Levam nos olhos a esperança
nas mãos toda a força:
Quanta a força do mar!
Na volta não há descanso
há bacalhau para tratar
Presa a âncora
há saudades a lembrar...
Breve partem p’o degredo
nome que dão ao mar
Já com os ossos presos em terra
há histórias dos Lobos do Mar
e o calor da branquinha
p'ra as saudades matar.
1 comentário:
Cara Maria Lascas
Qunado descobrimos no fundo de uma gaveta ou no interior de um livro textos que escrevemos e que os anos teimam em não deixar cair no esquecimento, olhamos as palavras que escrevemos com a ternura da passagem dos dias.
Beijinhos
Paula e Rui Lima
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