Sim, amo-te Vagueira.
Vim trabalhar e viver para Vagos por tua causa.
Quis aí construir a minha casa.
Procuro-te quando posso, tenho tempo livre, apetece-me comer fora, estou triste, apetece-me apanhar sol, caminhar... ajudas-me a pensar com mais clareza, tens mais luz.
Sim amo-te Vagueira, e espero em breve dizer-to de outro modo, num livro de poemas.
Mas agora apetece-me dizer-to aqui.
Não deves sentir vergonha por te declarar tal sentimento, é um sentimento bonito, o mais belo, porque haverías de ter vergonha de to dizer alto como se fosse pecado ou proibido...
Mas queria-te diferente! A Praça está fria, sem cor sem bancos sem verdura, flores...
As paragens de autocarro partidas e não há autocarro para as crianças, pobres e idosos te usufruírem: é preciso ter carro! E seria tão simples haver um transporte durante pelo menos a época balnear a ligar Vagos à Vagueira...
O teu mercado não anda nem desanda. Os contentores do lixo estão incompletos.
Os arranjos urbanísticos foram idealizados onde, como?... Estética, beleza podem ser coisas simples e baratas! Ideias e gosto escasseiam....
O Neptuno não evolui nas ofertas de comida e bebida à clientela...
Valha-nos a sorte de alguém ter inventdo o Perlimpimpim e de o inventar todos os dias!
Eleva-te Vagueira ao nível das tuas ondas! Sê, exige!
Dignifica a tua Arte Xávega com condições estética e higiene.
Usa o que te distingue: o teu carapau!
Faz festivais de gastronomia com esse tema, associa-os à musica, ao mar e à ria... tens esquecido a tua ria, está esquecida! Podias ter passeios na ria... Podias ter concursos de pintura, fotografia, poesia... Não és um parente pobre da Costa Nova ou da Barra, és tu, és diferente e tens uma companhia de valor incalculável o Areão.
Então sê Vagueira, desabrocha...
Já pensaste em ter o museu da Gafanha ou o museu da Arte Xávega?! Por exemplo, num palheiro na Praça? ou numa velha estufa de xicória?! Ou em ter na praia um biblioteca como a Tocha?!
Sei o teu néctar Vagueira, mas há muitos que o não sabem: revela-te...
Até amanhã!
marialascas
7 de julho de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Querida amiga!
O teu grito magoado, chegou a Lisboa!
Mas foi apenas uma rústica alentejana que o ouviu!
Pouco ou nada posso fazer!
Mas estou contigo!
Em tudo o que toca a criar, a restaurar, a construir, a edificar!
Não desesperes amiga!
Quem sabe?
Com esse amor poético que tens a essa Vagueira!
Pode ser o primeiro passo de uma Vagueira que chega, devagarzinho, mas que vai chegar.
Aquele abraço da amiga certa
Rosa
Como eu compreendo esse amor à Vagueira, esse espaço magnífico onde as gaivotas, os poetas e os mistérios pairam...mais as flores secretas de poemas por escrever.
Bjs
Luís
Não conheço a Vagueira mas se lhe declaras tal Amor...
Aliás, já havia percebido esse Amor mas este "grito" carrega a angústia de precisas que seja um Amor feliz...
Carregarás a Vagueira de encantos nos teus poemas, nas tuas palavras de encanto, segiuramente...
Um beijo
Maria
A Vagueira espera que a poesia a cante!
Todos as pessoas deviam ter poemas a ondular por entre os dedos...
Enviar um comentário