31 de outubro de 2012

Muralha

De quem não te guardas não vês perigo
entrando pela porta de tua casa
enraizando em teu jardim
... aos poucos deixarás de cuidar dela
julgando que lhe basta o que respiras

o que era surpresa hábito se tornará:
se brilha já não vês
se clama dirás que te persegue
se permanece em tua casa prende-te...

mesma é a espada que empunhas e te fere
a sós, o vinho e a lareira por acender
amurralhando-te uma vez mais ao teu ser

(2012)

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