21 de novembro de 2012

Agrilhoados


Não há maior inimigo que aquela que advém da precaridade do trabalho e do mísero vencimento, que elimina a capacidade de reivindicação e de luta pelos seus próprios direitos e a capacidade de sonhar... Ainda se dizem livres homens e mulheres do meu país, mas já não são! Vejo escravos: agrilhoados às dívidas, à sobrevivência e conforto dos seus, em que as emoções belas e puras cedem perante a racionalidade... São as novas formas de opressão cujos frutos farão de nós portugueses um povo ainda mais acomodado, atrasado e triste. Não sei quando nos libertaremos deste trágico modo de existir, nosso destino libertará nosso fado e a plenitude do viver saberemos usufruir... E tanto politica, como intimamente, engana-mo-nos em quem surge inesperadamente, qual Desejado, que aparenta trazer o El Dorado resolvendo nossas dores e problemas...
Queremos acreditar e acreditamos. Até que o nevoeiro  se desvanece e seu rosto real vemos!... Não demos nenhum passo em frente, mas o nosso tempo, nossa vida, fomos perdendo ...

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