16 de janeiro de 2013

Dorme, meu amigo


Podia ler-te um poema de Al' mutamide... esta noite
reler-te Neruda, uma página sublime de amor
contar-te palavras minhas, sonhadas
não não quero enganar-te
esta terra é pobre e nada assim floresce...

apenas a força de dizer sim ao verbo acontecer
só essa graça te levo

dorme, meu amigo, descansa...
quem sabe se amanhã voas
desamarrando as tuas próprias crenças
querendo como eu à autenticidade do agora

(inédito, Janeiro de 2013)

2 comentários:

c salvador disse...

Não partilhar palavras sonhadas, mas na esperança de que se possam soltar do sono vontades desamarradas de crenças, emergindo o presente, o agora.

YellowMcGregor disse...

O início é... Neruda mas pouco a pouco, verso a verso, o perfume da tua poesia surge, inebriante.