Primavera.
Hoje lembrei-me de ti Bela.
Podiam ser os campos floridos, o Sol, quem queria que viesse à tardinha, este queimar que tanto é fogo como me gela… podia ser Évora e Diana,
os estudantes de batina as freiras, o que haverá que de ti não lembre?!
Mas foi apenas um livro grande em papel rico com o teu nome; uma senhora castelhana escreveu sobre ti, aglutinou poemas e assim fez-se doutorada.
Doutora com sentido estético, pessoa de berço, educação
clássica, riqueza: a edição é luxuosa, desenhos, letras de cor…
Terias gostado dum livro assim, merecias livros assim.
Fiquei zangada com o Mundo por ti e teu sentir, em que por mais
que teime ainda vejo o meu…
Aquele luxo, aquelas páginas todas eram uma ofensa, quando o
ouro o néctar eras/és tu o teu sentir o teu amar o teu fruir...
Depois pensei sendo a senhora doutorada e tão esmerada deixai-a viver qualquer coisinha…
De ti, a ti, basta o sentir (os poemas) tudo o mais é(seria) inócuo e
pouco…
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