26 de abril de 2013

Apenas quero desenrolar-te o lenço, devagar

Apenas quero desenrolar-te o lenço, devagar


alisando na testa as rugas cavadas pela descrença

afastando os olhos comprimidos para o centro



escalar o nariz e nos lábios oprimidos descansar

detendo-me demoradamente

desarmando o exército invisível que comandas

entrando em teu ser libertando-te/libertando-me



e nem chegarei ao queixo

à covinha que como cisterna fresca me seduz...

1 comentário:

YellowMcGregor disse...

E com o lenço te enrolo,
Me enrolo,
Nos enrolamos os dois.
Os lábios, a língua, o queixo,
A covinha mais o nariz,
Num frenesim agora sem depois.