28 de julho de 2008

Jardim Botânico do Porto - encontro com a mágica infância de Sophia




























Diz-se que já pouco resta da quinta onde Sophia cresceu.
Da quinta nos arrabaldes da Cidade do Porto resta um enclave de flora no meio da cidade nova, em vez do cântico dos pássaros o ruído dos carros, em vez da fronteira do mar a Ponte da Arrábida, em vez da mão esmerada dos jardineiros o continuado abandono, em vez dos vinte hectares os quatro que restam... O crecimento do espaço urbano faz-se em regra à custa de patrimónios irrecuperáveis.
Este terá sido um dos casos. Resta esta pequena amostra, sustentada sabe-se lá com que dificuldade... Na verdade há espaços abandonados e outros sem rega automática em que as plantas denotam sede. Ainda assim é imperdível. A entrada é gratuita, todos os dias das 10h às 19 horas.
As árvores tocam o céu. Quase que temos que colocar a cabeça nos pés para visualizarmos o crescimento dos troncos. As cameleiras abundam, formando grandiosas sedes. Os jardins de rosas e os lagos com nenufáres convidam aos sentimentos românticos... Etiquetas recordam-nos momentos literários de Sophia.
E se nos deixarmos embalar pela magia das árvores, acabamos por nos cruzar com ela em algum momento, ainda pequena, com vestidos de princesa, em alegres brincadeiras nos labirintos das sedes ou em diálogos eruditos com o rapaz de bronze...

3 comentários:

Ezul disse...

E a árvore, à sombra da qual construía as casas dos anões, também lá se encontra? Registo mais um local a visitar na extraordinária cidade do Porto!
E.

O Profeta disse...

Majestosa e altivamente submissa
Uma árvore curva-se à lagoa
Encontrei um arco-íris perdido na terra
Este canto não pára até que a alma doa


Convido-te a olhar os sentires que emanam do altar do Sol


Boa semana


Mágico beijo

Henrique Samagaio disse...

Nasci e cresci entre o Jardim Botânico e a Quinta da Macieirinha.
Em toda a minha infância, calcorreei os "Caminhos do Romântico", aquelas estreitas ruas nas traseiras do Palácio de Cristal.
Essa infância, pobre mas feliz, com o Douro a meus pés, criou em mim uma sólida parede contra os inúteis, desocupados, intriguistas, miseráveis, precocemente velhos, mesquinhos, arrogantes e à moda boa do meu Porto, filhos da pata que os fez, (perdoa-me) que acordam de manhã com o único objectivo de, com o seu absolutíssimo complexo de inferioridade, fazer chamadas anónimas, comentar blogues, insultar e lançar boatos contra aqueles que, como nós, são sem sombra de dúvida, muito superiores nos valores morais e intelectuais.
Eu gosto muito da Maria Lascas e não me escondo atrás de um nikname, pseudónimo ou outro, sou mesmo o
HENRIQUE SAMAGAIO
http://vagosonline.org