Desde pequena que ouvia contar histórias sobre o meu bisavô André, pai da minha avó paterna, não tendo conhecido nenhum dos dois por já terem falecido.
Eram ambos naturais das Brotas, tendo o meu bisavô ido para Lavre, na qualidade de viúvo com os filhos pequenos, entre 1920 e 1930 com a finalidade de aí cultivar terras que se arrendavam e vendiam.
O meu pai falava dele como dum ídolo, homem corpulento e de palavra, mais valente e corajoso de que qualquer outro da zona, respeitado e temido... Um "self made man" a quem o pai endinheirado terá recusado a perfilhação, vindo a procurá-lo em adulto porque os filhos não tinham juízo suficiente para tomar conta das terras. Terras que, orgulhosamente, recusou, seguindo o seu caminho...
Já há alguns anos foi conhecer as Brotas e andei à procura dessas minhas raízes... Descobri que o meu bisavô nasceu quando a mãe Filipa tinha 40 anos e era viúva, e ele ficou com o apelido do seu avô materno "Alves Salgado", proprietário morador no lugar do Monte do Meio, freguesia das Brotas... Metade das ruas têm o nome de pessoas com o apelido Salgado.
Para almoçar ou jantar tem um restaurante muito bom " O Poço".
Visite as Olarias, o Santuário de Nossa Senhora das Brotas e conheça o seu milagre...
E muito próximo fica o Fluviário de Mora, também a não perder.
Quanto à mítica Torre das Águias, fica em propriedade privada... Os visitantes não são bem vindos...
As Brotas são hoje por vários motivos um lugar especial para mim.
4 comentários:
Espero por essa história, recriada, escrita... A torre das Águias é propriedade privada, pois é!Grande conceito, esse!...Então e os peixinhos do fluviário? Que bom que é rever os barbos e os bordalos e as bogas e as carpas do tempo em que o Almansor ainda tinha peixes e pescadores. Ai e a gastronomia do Poço, é do melhor, acompanhada por um bom tinto da Fundação. Tão bom como este vinho de Pias com que brindo à tórrida noite alentejana. Calor por calor... eh, eh, eh!
bjos
;)
Constrois-te (também) nas/das memórias. É do melhor que nos pode acontecer...
Das fotos, gosto particularmente dessa do cocho de cortiça pendurado por cima da bica.
Boas Férias.
Beijinhos.
Olá tia Zé
Eu também sou Alves e também nasci quando a minha mãe tinha 40 anos.
Eu não conheci o meu avô mas gostava muito de o ter conhecido. A mãe mostra-me fotografias e conta-me estórias dele e outras que ele contava.
Muitos beijinhos para ti.
Coincidencia, os meus antepassados maternos também são de Brotas embora a minha mãe já tenha nascido na freguesia de S.Gens, perdão que devo estar a escrever mal,mas é uma das freguesias de Montemor-o-Novo.Nas brotas entre outras coisas , gosto da gastronomia..Migas. Prometido a mim própria, um destes finais de semana em que não haja provas de atletismo, iremos a Brotas.. Um abraço
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