26 de setembro de 2009

A casa de colmo celta

Uma outra surpresa que vivi na minha recente visita ao Parque do Barroso foi esta casa, ainda por coincidência na terra natal do Padre Fontes e frente à casa onde nasceu.
Tive o previlégio de visitar o seu interior guiada pela sua proprietária que ali viveu desde a sua construção até há poucos meses atrás. Mostrou-me a única divisão da casa - cozinha, despensa, quarto para o casal e para as cinco filhas que ali criou. 
Foi um momento memorável de que não me sinto autorizada a revelar alguns dos pormenores.
Todas as casas da adeia eram assim e ainda se notam vestígios em muitos lugares mas esta é a única que se mantêm de pé.
O burro e um coelho continuam a habitar o reés-do-chão. A parte superior ainda a lenha e a palha. A casa, agora com electricidade, ainda tem a maceira, a arca, o fumeiro ( com três presentos), o escano e o lugar do lume.



Caberá às pessoas da região exigir que este património seja preservado.
Eu não conheço nada assim...     

3 comentários:

Ezul disse...

O que eu gostava de ter visitado essa casa!Ficará para outra ocasião, talvez numa noite das bruxas.
A ceia do diabo, no hotel do padre Fontes, é aliciante: presunto fumado nas lareiras do inferno, pão que o diabo amassou no forno do povo, caldo de urtigas malditas colhidas nas bordas do paraíso, vitela embruxada com batatas, rabanadas com leite e mel de bruxa malvada, vinho da St.ª Valha do outro Verão, café negro como o diabo e quente como o inferno, levanta o pau do diabo, queimada das bruxas e feitiços vários.
Feitiços, feitiços... Ai, amanhã, eu cá transformava um certo senhor em sapo e mandava-o fazer a viagem de circum-navegação a bordo de um certo aparelhito ...Por essas e por outras é que eu queria ser bruxa, para tramar os Ogres!!!

marialascas disse...

Então Ezul, o voto é secreto! Pois para esse diabo sabido será preciso mais que uma varinha mágina!

antonior disse...

Pois é de preservar, sim senhora! É imperioso que assim seja. E que quem deite mãos ao trabalho resolva os bocados de chapa a remendar o telhado e o poste da electricidade, que faz falta, mas como se diz em português corrente:
"Até dói!" (de ver, claro!)
Quanto ao ambiente circundante já pouco se poderá fazer e é pena. Essas construções com telha, roubam-lhe encanto e poder evocatório.