Só
só serei, como as veredas da neblina
ninguém me contará histórias, nenhum embalo
ninguém semeará ilusão e o desengano
ninguém me esculpirá o ser
só beberei o vinho do meu corpo
não existe a fogueira acesa, a manta alentejana a música
- seria cigana ou perdido do mar a atearia...?!
assim decreto a minha solidão!
esta será em mim a taça mais profana:
a ninguém amo
e Deus, juro, não está dentro de mim
só serei, como as veredas da neblina
ninguém me contará histórias, nenhum embalo
ninguém semeará ilusão e o desengano
ninguém me esculpirá o ser
só beberei o vinho do meu corpo
não existe a fogueira acesa, a manta alentejana a música
- seria cigana ou perdido do mar a atearia...?!
assim decreto a minha solidão!
esta será em mim a taça mais profana:
a ninguém amo
e Deus, juro, não está dentro de mim
2 comentários:
Que poema lindo, Poeta.
Um beijinho grande
António
Obrigada, bjs
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