15 de novembro de 2011

O Silêncio do Guerreiro

O Silêncio do Guerreiro




Tantas perguntas lhe tenho feito
não sei se o cala o medo ou o desprezo

... perdido meu ombro de mãe procurou
eu dei-lhe o meu corpo todo, conquistado
em mim inteiro! de novo se reencontrou
e depois partiu
ferido em armadura de aço
acusando-me de traição e de cansaço

dele sei a recusa e o silêncio
nem à outra face ferida agradeceu
querendo apenas que sua dor acalmasse
menino guerreiro só respira a vitória
não tombes armado!…
na caverna tem sonhos poesia música vinho
e o desejo de Mulher sem a dor de amar

nada disso, nem de amor, lhe perguntei
e por instantes meu ombro será de mãe
meu corpo já dei…
mas há mim tantos jardins por descobrir
desafios partilhas que só eu darei
júbilo êxtase e verbo que não conhece

venho pelo labirinto das sombras
esse caminho que não leva a ninguém
não temo armaduras o fosso da entrada
tantas muralhas já escalei!...
mas sentirá medo o guerreiro? desprezo?
este seu silêncio ainda me detem...

2011, Novembro

(inédito)

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