Seu coração estilhaçado a razão do cérebro comanda
ainda que seja um buraco desarmado é vigilante
e defende até à morte a trincheira conquistada
no azul lunar do céu, longínqua dança das ondas
quase adormecerá… e ninguém o engana tanto!
logo os neurónios realinham:
amordaça o desejo do abstracto tece nova cortina
enxuga o corpo frio suado e corta a língua seca…
haverá dia novo, a máscara tem-na colada ao rosto
jogos de palavras e teatro são o seu ofício
desgraçada daquela que lhe vê o rosto, leia os olhos
conheça brechas na trincheira - instante e partida
jamais servirá dois cálices à lareira
se a campainha toca atenta a chuva na janela
duas, três vezes... é ilusão do vinho forte!
do cansaço do vento, quiça da idade...
a desprezada no marmóreo corpo agoniza sem sangue
do vinho que ele no cálice solitário derrama gritando
a urgência do amor na vida, temendo-o mais que a morte…
inédito, 2011
( rascunho)
ainda que seja um buraco desarmado é vigilante
e defende até à morte a trincheira conquistada
no azul lunar do céu, longínqua dança das ondas
quase adormecerá… e ninguém o engana tanto!
logo os neurónios realinham:
amordaça o desejo do abstracto tece nova cortina
enxuga o corpo frio suado e corta a língua seca…
haverá dia novo, a máscara tem-na colada ao rosto
jogos de palavras e teatro são o seu ofício
desgraçada daquela que lhe vê o rosto, leia os olhos
conheça brechas na trincheira - instante e partida
jamais servirá dois cálices à lareira
se a campainha toca atenta a chuva na janela
duas, três vezes... é ilusão do vinho forte!
do cansaço do vento, quiça da idade...
a desprezada no marmóreo corpo agoniza sem sangue
do vinho que ele no cálice solitário derrama gritando
a urgência do amor na vida, temendo-o mais que a morte…
inédito, 2011
( rascunho)
1 comentário:
Mais um cálice para afastar?...
Nele há sangue, haverá dor, há vinho, inebriante, amor, calor.
Com um ramo de :-)
Enviar um comentário