10 de novembro de 2011

Trieteza-II

O poema é triste, dizem

como se fosse obrigação minha
alegrar almas lamber feridas estancar mágoas
fazer piruetas e palhaçadas
inverter a vida a crise o vácuo
falar só de sexo vinho flores aromas

mil vezes não!

ninguém me tira a liberdade das palavras
são como eu, doces frágeis impetuosas
extravagantes selvagens carinhosas
sentidas e verdadeiras
daçam comigo comigo choram
nascidas de mim em mim morrem

nada devo a quem me lê, nem o silêncio!
do meu amor soltam-se lágrimas
há em mim o rio dum barco inacabado

1 comentário:

YellowMcGregor disse...

Poeta castrada, Não!

E na linha do grande Ary... só te posso dar os parabéns.

Com um ramo de :-)